martes, 30 de marzo de 2021

Mesa Redonda - "Património Paleontológico: Proteção e Conservação"


Para esta décima nona edição do Encontro de Jovens Investigadores em Paleontologia o tema central escolhido foi “Património e Divulgação em Paleontologia”. Nesse sentido, decidimos reeditar a mesa redonda sobre Património Paleontológico, realizada há quatro edições, no XV EJIP em Pombal (2017). Nesta segunda edição pretende-se discutir e analisar a importância da proteção e conservação do Património Paleontológico, o seu valor científico, socioeconómico e sociocultural, bem como o enquadramento legal e as ferramentas disponíveis para garantir a sua proteção. Para este debate convidámos um conjunto de especialistas com larga experiência em atividades relacionadas com a proteção do Património Paleontológico em Portugal e Espanha. Cada convidado realizará uma apresentação sobre um tema específico com um debate final entre todos os participantes:

  • Palaeontological heritage assessment towards an effective conservation” (Maria Helena Henriques Paives – Faculdade Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra/ Centro de Geociências)
  • Why the Spanish cultural heritage legislation defends the paleontological heritage” (Fátima Marcos – Facultad de Bellas Artes da Universidad Complutense de Madrid/Grupo de Biología Evolutiva UNED)
  • "Fósseis e geoparques: uma história do Oeste (sem xerifes)” (Nuno Pimental – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa/Instituto Dom Luiz)
  • Digitalización de los yacimientos de icnitas de La Rioja, perspectivas de futuro para la creación de un Geoparque” (Angélica Torices – Cátedra de Paleontología de la Universidad de La Rioja)

O crescente número de estudos sobre o registo fóssil português e espanhol resultou num acréscimo significativo de novas descobertas, geralmente com um elevado impacto na comunidade científica, bem como junto da sociedade. Estas descobertas têm desempenhado um papel fundamental na divulgação da Paleontologia e na sensibilização do público para a importância do Património Paleontológico. Consequentemente, tem-se verificado um aumento na procura de informação sobre temas de paleontologia, quer através de materiais de divulgação e didáticos, mas também pela procura de fósseis. Se por um lado, as ações de divulgação constituem ferramentas fundamentais para sensibilização da sociedade sobre o valor do Património Paleontológico e a importância da sua proteção, por outro lado, este interesse crescente produz uma grande pressão sobre as entidades paleontológicas (os fósseis e as jazidas), nomeadamente devido ao aumento da procura de fósseis para coleções privadas e/ou para a sua comercialização. Em Portugal, a ausência de contexto legal que regulamente a atividade paleontológica vulnerabiliza estes recursos, uma vez que não existem ferramentas para as ações de salvaguarda, conservação e mitigação. Por cá, e contrariamente ao que acontece em Espanha, as ações de proteção de jazidas paleontológicas constituem ainda casos de exceção. Alguns locais de interesse paleontológico encontram-se inseridos em Áreas Protegidas de âmbito nacional, que em algumas situações foram estabelecidas especificamente para proteger jazidas paleontológicas, como é o caso do Monumento Natural da Jazida de Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire ou o Parque Icnológico de Penha García. Contudo, muitas outras jazidas, bem como a maiorias dos restos fósseis que podem ser extraídos, não estão contemplados num plano global e sistemático de definição, proteção e conservação do Património Paleontológico. Por outro lado, em Espanha há quem considere que nalguns casos se passou para lá do razoável, com os paleontólogos a terem cada vez mais dificuldades em obter autorização para prospeção paleontológica. A gestão sustentável deste património terá que assentar no desenvolvimento equilibrado entre a investigação, divulgação e as ferramentas legais adequadas para a sua proteção. A identidade ibérica do EJIP permitirá discutir os prós e contras de ambos cenários. 

Nesta mesa redonda iremos promover um debate sobre o valor socioeconómico do Património Paleontológico e como é que a sociedade reconhece este património como bem de interesse público, analisando a adequação das ferramentas atualmente disponíveis no contexto da proteção e conservação do Património Paleontológico em Portugal e em Espanha. Pretende-se também debater o papel dos investigadores, dos museus, das universidades e dos geoparques, bem como das identidades administrativas locais (e.g. Câmaras Municipais) para a gestão do Património Paleontológico. É importante que os jovens investigadores integrem, desde o início das suas carreiras, alguns conceitos fundamentais sobre esta problemática.

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Mesa Redonda - "Patrimonio Paleontológico: Protección y Conservación "


Para esta decimonovena edición del Encuentro de Jóvenes Investigadores en Paleontología el tema central elegido ha sido “Patrimonio y Divulgación en Paleontología”. En este sentido, hemos decidido reeditar la mesa redonda sobre Patrimonio Paleontológico, realizada hace cuatro ediciones, en el XV EJIP en Pombal (2017). En esta segunda edición se pretende discutir y analizar la importancia de la protección y conservación del Patrimonio Paleontológico, su valor científico, socioeconómico y sociocultural, así como el encuadramiento legal y las herramientas disponibles para garantizar su protección. Para este debate hemos invitado a un conjunto de expertos con mucha experiencia en actividades relacionadas con la protección del Património Paleontológico, en Portugal y España. Cada invitado  realizará una presentación sobre un tema específico con un debate final entre todos los participantes:

  • Palaeontological heritage assessment towards an effective conservation” (Maria Helena Henriques Paives – Faculdade Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra/ Centro de Geociências)
  • Why the Spanish cultural heritage legislation defends the paleontological heritage” (Fátima Marcos – Facultad de Bellas Artes da Universidad Complutense de Madrid/Grupo de Biología Evolutiva UNED)
  • Fósseis e geoparques: uma história do Oeste (sem xerifes)” (Nuno Pimental – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa/Instituto Dom Luiz)
  • Digitalización de los yacimientos de icnitas de La Rioja, perspectivas de futuro para la creación de un Geoparque” (Angélica Torices – Cátedra de Paleontología de la Universidad de La Rioja)

El creciente número de estudios sobre el registro fósil portugués y español ha tenido  un aumento significativo de nuevos hallazgos, en muchos casos con un elevado impacto tanto en la comunidad científica como en la sociedad. Estos hallazgos tienen un papel fundamental en la divulgación de la Paleontología y en la sensibilización del público para la importancia del Patrimonio Paleontológico. De esta forma, se ha comprobado un aumento en la búsqueda de información sobre temas de paleontología, tanto en materiales de divulgación y didácticos, como en la búsqueda de fósiles. Por un lado, la divulgación es una herramienta fundamental para  sensibilizar a la sociedad sobre el valor del Patrimonio Paleontológico y la importancia de su protección. Por otra parte, este interés creciente produce una gran presión sobre las entidades paleontológicas (los fósiles y los yacimientos), sobre todo debido al aumento de la búsqueda de fósiles para colecciones privadas y/o para su comercialización. En Portugal, la ausencia de un contexto legal que regularice la actividad paleontológica desprotege estos recursos, puesto que no existen herramientas para las acciones de salvaguarda, conservación y mitigación. Al contrario de lo que sucede en España, aquí las acciones de protección de yacimientos paleontológicos son aún casos de excepción. Algunos locales de interés paleontológico forman parte de Áreas Protegidas de ámbito nacional, que en algunas situaciones son establecidas específicamente para proteger yacimientos paleontológicos, como es el caso del Monumento Natural da Jazida de Pegadas deDinossáurios da Serra de Aire o el Parque Icnológico de Penha García. Con todo, quedan muchos yacimientos así como la mayoría de los restos fósiles pendientes de ser extraídos no están contemplados dentro de un plan global y sistemático de definición, protección y conservación del Patrimonio Paleontológico. Por otra parte, en España hay quien considera que, en algunos casos, se ha ido más allá del razonable, con los paleontólogos enfrentándose cada vez a más dificultades con el fin de  obtener autorización para realizar prospecciones paleontológicas. La gestión sostenible de este patrimonio tendrá que asentarse en el desarrollo equilibrado entre la investigación, divulgación y las herramientas legales adecuadas para su protección. El concepto ibérico del EJIP permitirá discutir los pros y contras de ambos escenarios.

En esta mesa redonda se promoverá un debate sobre el valor socioeconómico del Patrimonio Paleontológico y como la sociedad reconoce este patrimonio como bien de interés público, analizando la adecuación de las herramientas actuales disponibles en el contexto de la protección y conservación del Patrimonio Paleontológico en Portugal y en España. Se pretende también debatir el papel de los investigadores, de los museos, de las universidades y de los geoparques, así como de las identidades administrativas locales (e.g., Ayuntamientos Municipales) para la gestión del Patrimonio Paleontológico. Es importante que los jóvenes investigadores integren, desde el inicio de sus carreras, algunos conceptos fundamentales sobre esta problemática.




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