Património Paleontológico e Divulgação

A cidade de Coimbra é reconhecida mundialmente pelo seu Património Histórico, sendo a Universidade de Coimbra um dos seus ex-líbris, declarada Património Mundial da UNESCO em 2013. A região de Coimbra e áreas limítrofes têm também um importante Património Natural, que inclui diversos locais de grande interesse geológico e paleontológico: de um lado (este) o Paleozoico da Zona Centro-Ibérica, do outro (oeste) o notável Mesozoico da Bacia Lusitânica, numa espécie de “melhor de dois mundos” paleontológicos. São exemplo deste património a Serra de Buçaco, o Cabo Mondego e a região do Rabaçal, mas muitos outros seriam os pontos de interesse paleontológico que poderíamos elencar. 

A Serra de Buçaco, localizada a cerca de 34 km a norte de Coimbra, é considerada um dos berços da Geologia em Portugal, onde foram realizados alguns dos primeiros trabalhos de estratigrafia e cartografia geológica do país, em meados do século XIX. A sequência estratigráfica de referência para o Ordovícico de Portugal que aflora no Sinclinal do Buçaco tem também um importante registo fóssil, sobretudo de braquiópodes e trilobites mas incluindo muitos outros grupos de invertebrados fósseis. Também o Património Paleontológico do Paleozoico Superior desta estrutura é notável, com abundantes fósseis de plantas do Carbónico.

O Cabo Mondego, no litoral da Figueira da Foz, é uma região com enorme interesse geológico e paleontológico, classificada como Monumento Natural em 2007. 

Nesta área afloram sequências sedimentares do Jurássico Médio, que abarcam um intervalo temporal entre o Toarciano superior-Caloviano, com um abundante e muito diverso registo fossilífero de amonites, braquiópodes, bivalves e foraminíferos. Estas permitiram estabelecer um estratotipo de limite (GSSP) para a base do Bajociano e de um estratotipo auxiliar (ASSP) para a base do Batoniano. 

Também o Jurássico Superior do Cabo Mondego, representando o intervalo Oxfordiano médio – Tithoniano, encerra um importante Património Paleontológico onde foram identificadas as primeiras pegadas de dinossáurios publicadas em Portugal, descobertas por Jacinto Pedro Gomes em 1884. 

Outro exemplo do importante Património Paleontológico da região de Coimbra encontra-se no Rabaçal, em Condeixa-a-Nova, onde aflora uma importante sucessão estratigráfica que abrange o intervalo compreendido entre o Pliensbaquiano e o final do Aaleniano. Os dados biostratigráficos desta sequência, possíveis graças a uma grande abundância e diversidade de fósseis de amonites, braquiópodes, belemnites, moluscos, espongiários e, particularmente, grupos de microfósseis, fazem dela uma das mais completas de Portugal no que se refere a parte do Jurássico Inferior e base do Jurássico Médio. 

Embora tenhamos selecionado estes dois exemplos (Cabo Mondego e Rabaçal), toda a faixa jurássica entre Cantanhede e Condeixa-a-Nova encerra um Património Paleontológico muito rico, diverso e didático. 

“Património Paleontológico e divulgação”, o tema escolhido pela organização para esta edição do EJIP, pretende assim ser uma ferramenta para o conhecimento e valorização do importante Património Paleontológico da região de Coimbra.

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Imagens: 

Topo: Vista panorâmica da Serra de Buçaco na região de Penacova

Acima à esquerda: Fóssil de trilobite recolhido em níveis do Ordovícico do Sinclinal do Buçaco (fotografia de Carlos Marques da Silva)

Abaixo à direita: Sequência do Jurássico Médio na região de Cabo Mondego

Abaixo à esquerda: Fóssil de amonite em sedimentos do Jurássico Médio do Cabo Mondego

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Patrimonio Paleontológico y Divulgación

La ciudad de Coimbra es mundialmente reconocida por su Patrimonio Histórico y, dentro del mismo, destaca la Universidad de Coimbra, la cual fue declarada Patrimonio Mundial de la UNESCO en 2013. La región de Coimbra y áreas circundantes tienen también un importante Patrimonio Natural, que incluye diversas áreas de gran interés geológico y paleontológico: al Este se encuentran los afloramientos paleozoicos de la zona centro-ibérica, mientras que al Oeste se sitúan afloramientos mesozoicos de la Cuenca Lusitánica, uniéndose por tanto en este enclave “lo mejor de estos dos mundos” paleontológicos. Como ejemplos de este patrimonio están la Sierra de Buçaco, el Cabo Mondego y la región de Rabaçal, entre muchos otros lugares que podríamos indicar como puntos de interés paleontológicos. 

La Sierra de Buçaco, situada a unos 34km al norte de Coimbra, se considera como una de las cunas de la Geología en Portugal. En este lugar se realizaron algunos de los primeros trabajos de estratigrafía y cartografía geológica del país a mediados del siglo XIX. La secuencia estratigráfica de referencia para el Ordovícico de Portugal que aflora en el sinclinal de Buçaco contiene también un importante registro fósil, principalmente braquiópodos y trilobites, pero incluye muchos otros grupos de invertebrados fósiles. El Patrimonio Paleontológico del Paleozoico Superior de esta estructura es también notable, ya que contiene abundantes fósiles de plantas del Carbonífero.

El Cabo Mondego, situado en el litoral de Fugeira da Foz, es una región con enorme interés geológico y paleontológico y por ello fue clasificado como Monumento Natural el 2007. En esta área afloran secuencias sedimentarias del Jurásico Medio, abarcando un intervalo temporal entre el Toarciense superior y el Calloviense, con un abundante y diverso registro fósil de ammonites, braquiópodos, bivalvos y foraminíferos. Esto ha permitido el establecimiento de un estratotipo (GSSP) que marca el límite de la base del Bajociense, así como de un estratotipo auxiliar (ASSP) para la base del Bathoniense. 

Además, el Jurásico Superior del Cabo Mondego, que comprende un intervalo Oxfordiense medio-Titoniense, contiene tambien un importante Patrimonio Paleontológico. Cabe destacar que las primeras icnitas de dinosaurios publicadas en Portugal fueron identificadas y descritas por Jacinto Pedro Gomes en 1884 en esta localización.

Otro ejemplo del importante Patrimonio Paleontológico de la región de Coimbra se encuentra en Rabaçal, en Condeixa-a-Nova, donde aflora una importante sucesión estratigráfica que representa el intervalo entre el Pliensbachiense y el final del Aaleniense. Los datos bioestratigráficos de esta secuencia, que se pudieron obtener gracias a la abundancia y diversidad de fósiles de ammonites, braquiópodos, belemnites, otros moluscos, esponjas, y en especial grupos de microfósiles, hacen de esta sucesión una de las más completas de Portugal en lo que se refiere a la transición del Jurásico Inferior al Jurásico Medio.

A pesar de que solo hayamos hablado sobre estas dos áreas (Cabo Mondego y Rabaçal), toda el área costera entre Cantanhede y Condeixa contiene un Patrimonio Paleontológico jurásico muy rico, diverso y didáctico.

“Patrimonio Paleontológico y divulgación”, el tema elegido por la organización para esta edición del EJIP, pretende así ser una herramienta para incrementar el conocimiento y la valoración del importante Patrimonio Paleontológico de la región de Coimbra.  

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Imagenes: 

Cabecera: Vista panorámica de la Sierra de Buçaco en la región de Penacova

Arriba a la izquierda: Fosil de trilobite colectada en niveles del Ordovícico del sinclinal de Buçaco (fotografía de Carlos Marques da Silva)

Abajo a la derecha: Secuencia del Jurásico Medio en la región de Cabo Mondego

Ajabo a la izquierda: Fosil de ammonite en sedimentos del Jurássico Médio de Cabo Mondego

Chamada para envio de resumos para o XIX EJIP

Depois de uma passagem de ano muito desejada (vai pela sombra 2020), começamos 2021 com vontade de pôr as mãos na massa científica! Como tal, lançamos hoje os templates com as respectivas instruções (em português e espanhol) para os trabalhos (resumo curto e artigo curto) do XIX Encontro de Jovens Investigadores em Paleontologia - Coimbra, que se realizará do dia 12 a 15 de Maio de 2021. 

Todos os participantes devem começar por enviar o resumo curto até ao dia 28 de Fevereiro de 2021 (incluído) para o email editorial19ejip@gmail.com. Aqueles que estiverem interessados em enviar uma versão estendida em forma de artigo curto para o volume especial da revista indexada “Comunicações Geológicas”, não se preocupem, terão algum tempo mais para fazê-lo! Estes artigos curtos deverão ser submetidos até o dia 16 de Abril de 2021 (incluído) para o email editorial19ejip@gmail.com.

Os resumos curtos para o congresso e os artigos curtos para o volume especial serão analisados através de um processo de revisão por pares, com pelo menos dois revisores da especialidade.

Os resumos do congresso, assim como os artigos curtos, poderão ser escritos em português, inglês ou espanhol. Mas incentivamo-vos a escrever os vossos artigos curtos em inglês, dado o maior alcance deste idioma na comunidade científica, o qual permitirá que mais pessoas leiam o vosso trabalho. Consulta as instruções na secção de downloads para mais detalhes. Se vais escrever o teu artigo curto em espanhol, consulta detalhadamente o guia em espanhol, já que existem algumas diferenças com a versão portuguesa (uma tradução adicional de algumas secções).

Não esperes mais! Inscreve-te já e prepara o teu resumo curto para depois teres tempo de escrever o artigo até meados de Abril!

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Llamada de resúmenes para el XIX EJIP

Después de una nochevieja diferente, empezamos el año 2021 con ganas de ponernos manos a la obra. Ya tenéis disponible las plantillas e instrucciones (en portugués y español) para los trabajos (resúmenes cortos y artículos cortos) para el XIX EJIP, que se celebrará del 12 al 15 de mayo 2021 en Coimbra. 

Todos los participantes deben empezar por enviar los resúmenes cortos hasta el 28 de febrero 2021 (incluido) al email editorial19ejip@gmail.com. Aquellos interesados en participar con una versión extendida de su trabajo en forma de artículo corto para el volumen especial en la revista indexada “Comunicações Geológicas”, tranquilos, tenéis algún tiempo más para hacerlo. Estos artículos cortos deberán enviarse hasta el 16 de abril 2021 (incluido) al email editorial19ejip@gmail.com. 

Tanto los resúmenes cortos para el congreso, como los artículos cortos para el volumen especial, pasarán por un proceso de revisión por pares con al menos dos revisores especialistas. 

Los resúmenes del congreso, así como los artículos cortos, se podrán escribir en portugués, inglés o español. Sin embargo, os animamos a escribir vuestros artículos cortos en inglés ya que, debido al mayor alcance de este idioma en la comunidad científica, más personas leerán vuestro trabajo. Consulta las instrucciones en la sección de descargas para más detalle. Si vas a escribir tu artículo corto en español, consulta detalladamente el guía en español, ya que existen diferencias con la versión portuguesa (una traducción más de algunas secciones del artículo).

¡No esperes más! Inscríbete ya y prepara tu resumen corto para que después tengas tiempo de escribir tu artículo corto hasta mediados de abril.